"No fundo de tudo há a aleluia." (Clarice Lispector)
domingo, 24 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sou a máscara.
E volto à personalidade como a um terminus de linha.
Álvaro de Campos.
Observação.
Assim sou a máscara/ assim sem a máscara >( leva a pensar.)
8-8-1934
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993).
- 61.
Lapso corrigido segundo: Álvaro de Campos - Livro de Versos. Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
07/04/2011 - 7 = 07/04/2004
Hoje, sete de abril,
vou levar lá na capela
sete flores amarelas
e também uma cestinha
de docinhas cirigüelas
ao anjo que sempre zela
por aquela magricela
de cabelo com fivela
e bastante tagarela.
É aniversário dela:
convidou suas amigas
que também estão banguelas
e na espera todas elas
pra assoprar as sete velas
depois de assistir ao filme
não da tal da Cinderela
e sim o da Rapunzel,
que para poder rimar
vou chamar de Rapunzela.
Para a neta Ana Bela
um abraço bem gostoso
do vovô de barba branca
e da vovó matusquela.
carmen cynira