"No fundo de tudo há a aleluia." (Clarice Lispector)
terça-feira, 17 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
Christina e Wilma Schultz, minha mãe no colo de minha Avó( Foto 1910)
Há 104 anos nascia minha mãe Wilma Schultz, filha dos imigrantes Jacob e Christina Schultz, vindos da Letônia em 1900. Estabeleceram-se em terras doadas para cultivo na cidade hoje chamada Nova Europa, sítio onde minha mãe e seus irmãos cresceram, junto à natureza, perto de um riacho, criando aves e
poucos animais, plantando arroz, milho, feijão , muitas frutas e verduras para
sua sobrevivência.Ela formou-se professora no Instituto de Educação
"Caetano de Campos", tocava violino e piano, adorava as composições
de Zequinha de Abreu. Exímia dona de casa além de excelente professora, mãe
carinhosa, esposa dedicada. Muito do que sou, devo a ela, minha melhor amiga,
de quem a saudade está sempre presente., preenchendo o vazio deixado com sua
partida em 30 de novembro de 1997.
Este é tão apenas e simplesmente o jeito de dizer a
meus filhos, André, Mauro e Claudia que dediquem uns minutos do seu pensamento
a ela, que merece infinita gratidão Em Campinas foi professora no Castorina a
partir de 1951, depois Diretora de Escola em Águas de Lindóia, onde se
aposentou por volta de 1964.Entre as lições de vida que dela recebi, veio-me à
mente a seguinte:
Quando já morava no Rio de janeiro, fomos a um
supermercado e entre as compras ela parou na banca de legumes , escolheu
alguns jilós bem bonitos e verdinhos. Depois parou na banca dos legumes que
estavam em oferta, e entre os jilós, escolheu os mais feiinhos. Diante desse gesto,
falei sem pensar:"Ficou maluca, mãe! Comprar verdura bichada, pra
quê?"Ela me lançou um olhar serenamente azul e profundo e me disse:"_
você não pode imaginar a alegria dos canarinhos, quando abro os jilós para eles
comerem e além das sementinhas encontram um bigatinho! É uma festa!"
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