Depus a máscara e vi-me ao espelho.
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança.
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor.
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um término de linha.
Álvaro de Campos, 1934. Ficções do Interlúdio
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança.
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor.
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um término de linha.
Álvaro de Campos, 1934. Ficções do Interlúdio