"Aquilo que revelo
e o mais que segue oculto
em vítreos alçapões
são notícias humanas,
simples estar-no-mundo,
e brincos de palavra,
um não estar-estando,
mas de tal jeito urdidos
o jogo e a confissão
que nem distingo eu mesmo
o vivido e o inventado.
Tudo vivido? Nada.
Nada vivido? Tudo.
A orelha pouco explica
de cuidados terrenos:
e a poesia mais rica
é um sinal de menos."
Carlos Drummond de Andrade/POEMA-ORELHA/em Vida Passada a Limpo
"No fundo de tudo há a aleluia." (Clarice Lispector)
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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