OS ESPELHOS
Os espelhos acendem o seu brilho todo o dia
Nunca são baços
E mesmo sob a pálpebra da treva
Sua lisa pupila cintila e fita
como a pupila do gato
Eles nos reflectem.Nunca nos decoram
Porém é só na penumbra da hora tardia
Quando a imobilidade se instaura no centro do silêncio
Que à tona dos espelhos aflora
A luz que os habita e nos apaga:
A luz arrancada
Ao interior de um fogo frio e vítreo
Sophia de Mello Breyner Andersen // Geografia
Os espelhos acendem o seu brilho todo o dia
Nunca são baços
E mesmo sob a pálpebra da treva
Sua lisa pupila cintila e fita
como a pupila do gato
Eles nos reflectem.Nunca nos decoram
Porém é só na penumbra da hora tardia
Quando a imobilidade se instaura no centro do silêncio
Que à tona dos espelhos aflora
A luz que os habita e nos apaga:
A luz arrancada
Ao interior de um fogo frio e vítreo
Sophia de Mello Breyner Andersen // Geografia
Um mês depois - conformada com o que disse o espelho do C.Drumond - vem Lavínia e constata, finalmente, que o espelho apenas reflete.
ResponderExcluirCabe a ela "Lavínia" ver o que está a mostrar... Será isso?
Olá Carmen,
ResponderExcluirGostei muito da colagem do gato! Parabéns pela criatividade!
Christian Greis (amigo da Vera Bonnemasou)