"No fundo de tudo há a aleluia." (Clarice Lispector)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rumo a(à) Eternidade.
Inscrição para um epitáfio
terno rumo a eternidade
lá onde fantasia não se enterra
e~ terna e viva que é
e sempre está sendo
e morrendo e sendo
renascendo
ressuscitando
sem temor
a morte
amor
temor

carmen cynira
2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

TODOS NO BOTE AO SOL DA TARDE






Todos no bote ao sol da tarde,
cheios de alegria flutuando
mãozinhas desajeitadas
os remos e os lemes comandando,
a tatear nas águas ondeadas,
desliza o divertido bando.

Oh! Minha nossa, que dor!
em meio a essa linda cena,
me pedirem: ”Conte uma história”!”“
é mesmo de não ter pena.
Mas, quem pode resistir
a três traquinas pequenas?

A Rainha Primeira ordena:
“Comece já!”, ela disse.
Mais calma, a Segunda rainha
pede:” Historia com maluquice!”
A Terceira, sendo menor,
tagarela, imita Alice.

Logo porém se fez silêncio.
Começa o conto e a fantasia,
lá no País das Maravilhas,
sobre a menina que fazia
a viagem com estranhas criaturas,
bichos, sonhos e anarquia.

Uma história quase fim.
Sempre que o contador, cansado,
dizia: “O resto virá depois”,
ouvia o resmungo irritado:
“Ora, se o resto é que é o melhor...”
“Pois continue, muito obrigado!”

A história então nasceu,
lá no País das Maravilhas,
os episódios iam surgindo,
como fossem ilhas mais ilhas,
até o passeio se acabar,
pôr do sol, brisa fria, mantilhas.

Alice! Eis aqui a tua história,
contada assim em verso e prosa,
a imaginação fiel da infância,
colhida, um broto de rosa,
aroma mestiço da memória,
numa terra misteriosa.

“Alice nos Pais das Maravilhas”,
Tradução: Nicolau Sevcenko
Cosac Naif, 2009

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Antepassados

Cristina e Jacob Schultz, imigrantes letos e seus três primeiros filhos:
Guilherme, Elza e Wilma.
Nova Europa, São Paulo,
Brasil
1911