"No fundo de tudo há a aleluia." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O dedal de Tia Bá brilhava sobre eles como sol;

e quando Tia Bá roncava,

os bichos ouviam o vento rangendo

através da floresta.

Eles iam descendo para o campo para beber,

e à medida que eles se moviam,

a cortina azul

(pois Tia Bá estava bordando uma cortina

para a janela da sala de jantar de Dona Julinha)

ia se transformando

em grama,

em rosas

e em margaridas;

aqui e ali pedras brancas e pretas;

com poças e trilhos de carroças

e sapinhos que pulavam depressa,

antes que os elefantes os pisassem.

E lá iam eles,

colina abaixo

em direção ao lago

para beber.

(continua...)



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