De repente pinta.
O que é que
tão apenas e somente
pinta de repente?
O barco no horizonte,
o sol no céu,
a estrela e o escuro
a brincar de esconde-esconde
também
de esconde-aparece.
Pinta a oportunidade,
a confusão.
Pinta tanto assim
e como
quando?
onde?
o quê?
pra quê?
Pinta a vida:
jogo de achados e perdidos
de perdas e ganhos:
a sombra do sorriso,
o olho-de-coruja,
o sabor de saliva,
nem sempre salobra.
Sombra,
de repente
pinta a Morte.
A formiguinha no açucareiro.
esse sorver do ar
profundo (a)moroso.
A sensação da ilusão
de solidão plena.
A flor roxa da alcachofra
o ninho de pétalas
De repente..
Carmen Cynira
12/5/2007
15h22min
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